terça-feira, 8 de dezembro de 2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

3.1 Porque é que as dietas fracassam?

.Nota: Visitantes novos, leiam por favor os artigos por ordem de escrita;)Olá e bem vindos a mais um artigo, que como já viram é sobre porque é que não se devem meter em dietas;) Espero que gostem e também que partilhem as vossas experiências/opiniões;)






Praticamente a maior parte das pessoas já fez algum tipo de dieta, fosse por motivos de saúde, fosse para perder peso.



Excluindo os motivos de saúde (sejam os de doença temporária sejam os devidos a doenças crónicas) as dietas (entendidas no sentido de regimes alimentares rigorosos, exigindo enormes sacrifícios, obrigando a evitar ao máximo certos alimentos de que se gosta, comer alimentos ou batidos de que não se gosta, comer só determinados alimentos durante um x período de tempo etc.) por si só (isto é, sem serem acompanhadas por uma alteração no estilo de vida, prática de desporto etc.) com o objectivo de perder gordura, isto é, para atingir o peso ideal e mantê-lo a longo prazo, no meu entender não funcionam.



O problema começa logo pela própria palavra em si e pela conotação negativa que traz. Não é por acaso que 95% das vezes em que se fala de dieta as pessoas que estão a pensar fazê-las dizem “vou começar a fazer dieta amanhã” ou seja, como tudo o que é penoso, adiamos ao máximo fazê-lo e portanto uns 5% estão a fazer dieta mas todos os outras vão sempre começar a dieta no dia de S. Nunca, à tarde (excepção feita à época do Verão em que anda tudo a ver se cabe nos fatos de banho ou se consegue fazer sobressair os músculos xD).



Ou seja, basicamente e em relação a sacrifícios as pessoas estão dispostas a fazê-los mas por pouco tempo.


E os vendedores de comprimidos mágicos e os inventores de dietas milagrosas sabem isso. E também sabem como o corpo funciona e como a nossa mente funciona e usam esses factores para enganar as pessoas e fazê-las, todas as Primaveras, gastar imenso dinheiro. Basta reparar na quantidade enorme de produtos que todos os anos, na Primavera/Verão inundam os balcões e as prateleiras das farmácias e nos produtos que são anunciados na Televisão nessas alturas para se perceber o tremendo negócio que é esta história das dietas e pílulas milagrosas. E no entanto quantas das pessoas que estão a ler isto fizeram essas dietas ou tomaram essas pílulas e conseguiram manter a redução de peso que conseguiram graças a isso? Pois....... ( e a palavra chave aqui é manter)

Ou seja, como comecei por dizer, estas dietas, a longo prazo, não funcionam o que quer dizer que depois de tantos sacrifícios, assim que paramos a dieta ou deixamos de tomar os comprimidos milagrosos voltamos ao peso anterior e muitas vezes ainda aumentamos mais quilos. Daí ter-se cunhado o termo dieta yo-yo ou seja, baixa-se de peso, sobe-se de peso, baixa-se de peso.... estão a ver o filme.


(Não estou a dizer que sou contra todos os suplementos até porque há alguns que funcionam se forem integrados numa estratégia abrangente e não tomados como comprimidos milagrosos).


Algumas pessoas que estão a ler vão dizer: “ah, mas eu fiz uma dieta e funcionou, na primeira semana perdi X quilos, na segunda perdi Y e depois não perdi mais porque deixei de fazer a dieta”. Mas basicamente ao dizerem isso estão a dar-me razão. A dieta, a longo prazo, não funcionou e a culpa não foi vossa como mais adiante vou explicar. Mas como escrevi antes para mim perder peso na primeira semana não é sinónimo de uma dieta funcionar, a não ser que se tenha feito essa dieta para se poder caber num vestido específico para uma determinada ocasião, ou no caso de um desportista, para poder entrar em determinado escalão de peso numa competição específica. Como já referi para mim uma dieta funcionar seria a pessoa conseguir os seus objectivos, no que concerne a peso e composição corporal e conseguir manter esse peso durante um período alargado.

Agora porque é que eu disse que quem vende esse tipo de dietas está a enganar as pessoas e a que é que se deve essa redução inicial no peso? A resposta fica para a 2ª parte deste artigo que vou colocar daqui a uns dias ;)




"To know the road ahead, ask those coming back"


terça-feira, 20 de outubro de 2009

2 - Estômagos perfeitos, corpos perfeitos

Nota: Visitantes novos, leiam por favor os artigos por ordem de escrita;)


(O artigo está um bocadinho comprido por isso depois de lerem releiam as partes em bold para reterem o mais importante ok? (Digam lá que n sou amigo xD))


    Bem, vamos então começar.


    Já repararam que na adolescência até aos 16/17 anos os miúdos/as, e nós próprios (quando tínhamos essa idade) comíamos de tudo e não engordávamos ou pelo menos não engordávamos tanto como se comêssemos o mesmo agora?


    Isto acontece por vários motivos e para já vamos falar só dos que são relevantes para este tópico.


    Basicamente todas as funções do nosso corpo são controladas por hormonas e é necessário entender o funcionamento dessas hormonas e dos mecanismos pelos quais actuam de modo a pormos o corpo a funcionar como queremos. É impossível fazer a máquina do tempo voltar atrás mas podemos enganá-la e atrasá-la uns bons aninhos.


    Alguns de vocês vão dizer: “ah, e tal mas eu tenho 17 anos e sou gordinho/a por isso não é bem assim, eu como e engordo.”..... A verdade é que na maior parte das vezes, sim, é verdade. O que aconteceu foi que vocês chegaram à adolescência já gordinhos e continuam mais ou menos gordinhos. Não ganharam gordura depois de chegarem à adolescência, já a tinham qd lá chegaram. Se tivessem chegado à adolescência com uma reduzida percentagem de massa gorda o mais natural é que tivessem aumentado a massa muscular mais facilmente e tivessem mantido ou reduzido a percentagem de massa gorda.


    Agora a ideia, a minha ideia, é tentar levar o corpo a um estado em que funcione como funcionava quando tínhamos essa idade e no caso de quem ainda tem essa idade e tem problemas com perder peso/ganhar massa muscular fazê-lo funcionar como devia.


    Isto porque nessas idades, devido a um complexo mecanismo de regulação hormonal e muito particularmente devido ao papel desempenhado pela hormona do crescimento o corpo queima mais calorias, armazena menos gordura, cria músculo mais facilmente, leva mais tempo a cansar-se, recupera mais depressa e gera mais energia.


    A isto chamamos juventude. E teoricamente deveria ser a altura em que temos melhor aspecto e melhor figura (se bem que, felizmente para elas, muitas pessoas têm melhor aspecto agora do que quando tinham essa idade;).




    Agora vamos ao 1º conselho prático que gostava que vocês seguissem nas próximas semanas. Tem a ver com o que eu acabei de escrever mas não vou explicar para já a ligação entre uma coisa e outra porque acredito em explicar as coisas mas também sei que com demasiadas explicações as pessoas desligam...xD

    Objectivo para as próximas semanas: Se o nosso peso tem estado estável vamos continuar a comer a mesma quantidade de alimentos que estamos a comer agora, mas com a grande diferença de dividir essa quantidade de comida ao longo do dia num número de refeições 2 ou 3 vezes superior. Ou seja, vamos fazer umas  6   a  7   refeições diárias.


    Ou seja, em vez de comermos pequeno almoço (à pressa), almoço (enfarda brutos) e jantar (pesadíssimo), vamos dividir esses alimentos ao longo do dia.


    Para já não vamos evitar nenhuns alimentos dos que temos comido com uma única excepção que já vou dizer qual é e qual a razão. (Isso não quer dizer que vamos passar a comer porcarias tipo doritos e cenas dessas como snacks.....xDD)


    As razões para se fazer isto são várias, umas mais simples e óbvias que outras.


    Em primeiro lugar o estômago é um órgão que ao longo da nossa vida e consoante o uso que fazemos dele pode aumentar ou diminuir de tamanho.


    Se o nosso estômago for grande, precisamos de enchê-lo de muito alimento só para nos sentirmos saciados (uma pessoa de 300 kg. só se sentirá saciada se comer 2 ou 3 frangos inteiros por ex. porque tem realmente um estômago enorme.


    Uma das formas de fazer com que essa pessoa coma menos (porque efectivamente não necessita de tanto alimento) é por ex. remover-lhe uma parte do estômago. Outra forma é colocar-lhe um balão gástrico que nada mais é que um balão em silicone que depois de inserido no estômago é enchido com uma quantidade de líquido.


    O objectivo de qualquer destes dois procedimentos é reduzir, na práctica o tamanho do estômago e reduzindo o tamanho do estômago, este como é óbvio fica cheio mais depressa enviando mais cedo o sinal ao cérebro para que pare de comer.


    Já agora aproveito para dar um outro conselho relacionado com isto que é: comam por favor, devagar. O sinal que o nosso estômago envia ao cérebro a indicar que estamos cheios leva cerca de 20 minutos a chegar. Se comermos muito depressa, quando esse sinal chegar teremos comido por 20 minutos a mais do que aquilo que precisávamos de ter comido. Se durante esses 20 minutos tivermos comido devagar, acabámos por não comer muito mais. Se temos por hábito devorar a comida, esses 20 minutos representaram muuuuuita comida a mais......xD


    Voltando ao tema do estômago......


    O tipo de procedimentos cirúrgicos de que falei é para pessoas com grandes excessos de peso. Não é para quem não é obeso.


    Podemos no entanto obter o mesmo benefício, na escala em que precisamos ao fazermos refeições mais pequenas mas mais frequentes. Ao fazermos refeições menos volumosas o corpo vai entender que não precisa de um estômago tão grande e vai dar aos poucos início ao processo de o reduzir. Vai ser uma redução gradual e a verdade é que ele não aumentou de um dia para o outro por isso tenham paciência, a redução tb vai ser gradual.....


    Agora um pequeno aparte sobre o tal alimento que disse que deviam passar a evitar que é no fundo um hábito que sobretudo os jovens têm, que é o de beberem imenso, sobretudo refrigerantes às refeições. Para além de esse hábito prejudicar a digestão propriamente dita, vai também levar a uma maior acumulação de gordura e à tal dilatação/aumento do estômago que queremos combater, por isso vamos evitar isso ok? Vou pedir-vos que limitem essas bebidas a um copo, pronto, no máximo copo e meio por refeição.


    Voltando à redução do estômago.......à medida que essa redução for acontecendo vamos ter vários benefícios que vão perdurar no tempo:


     1. Vamos passar a ficar satisfeitos com menos comida e isso que dizer que vamos comer menos e apesar disso não vamos sentir fome.
     
    2. O tamanho da cintura vai diminuir (embora não necessariamente de uma forma drástica, mas será o suficiente para se notar), porque o estômago vai ficar mais pequeno.
   
    3. Ao deixarmos de comer mais do que o que necessitamos vamos perder peso de forma natural e progressiva e essa redução de peso não será temporária. Desde que adoptemos esses e outros hábitos alimentares saudáveis essa perda de peso será permanente.
   
    4. Como não vamos precisar de comer tanto e não vamos ter aquela sensação tão desagradável de fome, vamos poder passar a comer por gosto e a poder escolher exactamente o que nos apetece comer, e vamos passar a privilegiar a qualidade em vez da quantidade.
        Em Espanha costuma-se dizer “cuando hay hambre no hay mal pan” ou seja quando se tem fome toda a comida sabe bem, e efectivamente quando temos um apetite voraz comemos de tudo. Quando já não temos tanto apetite começamos a escolher mais o que comemos e derivamos mais prazer do acto de comer, da qualidade do que comemos e não tanto da quantidade.

    Para não alongar mais o artigo o vosso trabalho é pensarem em formas de fazer isto, ie, dividir a comida ao longo do dia. Ponham as vossas sugestões nos comentários mas entretanto também vou fazer um post com sugestões;)

    Por último e muitíssimo importante vamos fazer o seguinte: vamos comer só, só, repito, quando sentirmos fome e enquanto sentirmos fome, ie. se a meio da manhã temos fome e nos apetece comer, comemos alguma coisita. Se não nos apetece comer, não comemos. A não ser que queiramos (quem é muito magro por ex.) ganhar peso vamos adquirir o hábito de só comer quando tivermos fome. Mas se notarmos que o facto de não comermos qd não temos fome leva a que depois, à hora das refeições ditas principais. comamos muito mais, então sim, vamos comer fora delas mesmo quando não tivermos fome.

    A ideia de comermos mais refeições é perdermos o hábito de comer muito de cada vez e não se destina a habituar o corpo a pedir mais alimento que é um risco que corremos se o habituarmos a pedir alimento mais vezes por comermos mesmo quando n temos fome. O que aconteceria era que acabaríamos por comer o mesmo que comíamos nas refeições mais o que comeríamos fora delas. Ao almoço e ao jantar é a mesma coisa, assim que sentimos que estamos satisfeitos vamos parar imediatamente de comer. Não vamos comer só para acabar o que está no prato, ou só para fazer companhia a quem ainda n acabou de comer...       
     (Há excepções obviamente, uma delas é  por ex. no caso de desportistas que vão ser submetidos a uma prova física e nesse caso sim, convém antes nos dias antes da prova fazer uma carga de hidratos de carbono).

    Temos que habituar-nos a ouvir e a prestar atenção ao que o nosso corpo nos diz. ;)


Cuidem-se:)

  

“ Não interessa a velocidade a que estás a progredir, o que interessa é que não pares de progredir.”






sexta-feira, 16 de outubro de 2009